quinta-feira, 7 de julho de 2016

Sempre Noite (Sendo Atualizado)

ERICO L. KNEUBÜHLER







Sempre Noite
Minhas preces são para que Ele não venha...















NÃO RECOMENDADO PARA MENORES DE 18 ANOS


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Parte 1: A Rebelião




I

Uma dúzia de cabanas de madeira e palha foram erguidos ao sul da Ilha, numa planície verde com alguns riachos vindos do norte, que cortavam os campos com suave correnteza. O vilarejo tinha o nome de “Sombreado”, e não era de grande relevância, todos os moradores juntos não somavam quarenta pessoas.
Um cavaleiro se aproximava do vilarejo.
Antes do amanhecer, quando a maioria dormia ou preparava seu desjejum, um homem, cavalgando uma égua cinzenta, puxava uma mula coberta de alforjes cheios. Vestia roupas de lã por baixo de uma armadura de couro de ferro, carregava um escudo nas costas, como brasão, uma cabana com as janelas iluminadas num fundo verde e cinza, fora pintada sobre a madeira do escudo. Normalmente um cavaleiro não viaja vestindo sua armadura, ele a deixa sobre seu animal de carga, mantinha sua espada embainhada na cintura, o trote lento da égua sobre a estrada de terra batida lembrava o bater de duas metades de um coco seco.
A mula apenas andava com a cabeça baixa.
            O cavaleiro entrou no vilarejo, atravessou a parte central, onde um posso havia sido escavado, observou as cabanas de madeira cheias de farpas, a palha dos telhados, a luz de velas no interior das casas, o cavaleiro parou a frente de uma. Cães rosnaram e choramingaram, a égua cinzenta relinchou, um dos cães latiu. O cavaleiro desmontou, o casebre era pequeno e ficava a um metro do chão, precisa subir dois degraus para chegar a uma varandinha coberta e então chegava a porta.
            A cabana estava iluminada por dentro, o cavaleiro ficou aos pés dos degraus, houveram mais latidos, até que a porta da cabana foi aberta, uma mulher, baixa e magra, cujos cabelos eram da mesma cor da égua do cavaleiro. Ela ficou sobre o arco da porta, ela abriu e fechou os olhos algumas vezes, caminhou até as escadas, se apoiou sobre uma viga que sustentava a cobertura da varanda.
O cavaleiro ergueu a viseira do elmo.
- Olá mãe. – Disse o cavaleiro


A mulher começou a chorar.


















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